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Domine os segredos do diafragma

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Autor e fotos: Laurent Guerinaud –

 

Um dos três parâmetros básicos da exposição, a abertura pode e deve ser usada de forma criativa nas suas fotos. Confira dicas de como fazer isso

 

Ao lado da velocidade e da sensibilidade, o diafragma é a terceira perna do tripé que define a exposição. Mas não é seu único papel: a abertura da objetiva influi na nitidez e na estética da imagem. Bem aberto ou bem fechado, o diafragma altera a profundidade de campo, ou seja, a amplitude do plano nítido. Assim, permite destacar o tema em um fundo desfocado e providencia nitidez em todos os planos de uma paisagem, por exemplo.

O diafragma (que é a abertura ajustada na objetiva) pode ser entendido como uma válvula cuja abertura permite regular a quantidade de luz à qual o sensor (ou filme) fica exposto. Os outros dois parâmetros o ajudam a compor a exposição: a velocidade, ou seja, o tempo em que o sensor estará exposto à luz, e a sensibilidade ISO, que corresponde à capacidade do sensor em registrar os sinais luminosos.

A foto de cima foi feita com diafragma f/22 e a do lado com f/4.5: veja como a escolha da abertura muda a profundidade de campo na cena

Fora isso, o diafragma não só determina profundidade de campo, como também influi na nitidez máxima da imagem. Por exemplo: a eficiência da maioria das lentes (para não dizer todas) melhora, às vezes de maneira muito perceptível, quando se fecha o diafragma em um ou dois pontos em vez de usar a maior abertura possível (como f/1.8). Ao contrário, quando se fecha demais o diafragma, a nitidez sofre com a difração – que aparece a partir de f/11-16, dependendo da qualidade da lente. Em relação à profundidade de campo, basta fazer a comparação entre duas fotos, a primeira feita com abertura grande (valor de f/alto) e a segunda com abertura pequena (valor de f/baixo) sem mudar o foco: no primeiro caso, o plano nítido fica muito estreito, no segundo, muito amplo.

 

  • Modo de exposição

A amplitude dessa zona de nitidez, a profundidade de campo, pode ser medida, avaliada e aproveitada, principalmente, pela escolha do modo de exposição adequado. Obviamente, se pensa logo que é o modo semiautomático A, o de prioridade de abertura. Ele é muito prático, pois permite ajustar direto a maneira pela qual será retratado o tema: inteiramente nítido ou destacado por um plano de fundo desfocado.

Dominar os parâmetros técnicos, escolher com exatidão a velocidade e o diafragma possibilitam destacar o tema – ou, em caso de falha, registrar uma imagem comum. No modo A (Av em câmeras Canon) e no modo manual, o fotógrafo observa imediatamente a consequência de uma mudança de abertura: quando fechar o diafragma em um ponto (valor maior de f/), é necessário compensar reduzindo a velocidade em outro ponto para deixar o indicador de exposição na marca zero. Ao contrário, quando abrir o diafragma, é preciso aumentar o tempo de exposição para voltar à mesma exposição.

 

Esse trecho foi retirado da Revista Técnica&Prática, seção Dica Técnica, edição 33.

 

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